Ilustre Desconhecido: Alberto Caeiro


Pintura de Hermenegildo Sábat
Alberto Caeiro
(1889-1915)
Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, a 16 de Abril de 1889, e aí morreu, tuberculoso, em 1915.
Viveu quase toda a sua vida no campo. Orfão de pai e mãe desde muito cedo, viveu de pequenos rendimentos, com uma tia-avó.
Não teve profissão, nem educação quase nenhuma, só instrução primária.
De estatura média, era louro e tinha os olhos azuis.
Carta Astrológica de Alberto Caeiro
Alberto Caeiro escrevia com linguagem simples e vocabulário limitado de um poeta camponês, pouco ilustrado.
Praticava o realismo sensorial, numa atitude de rejeição às reflexões da poesia simbolista.
Em perfeita consonância com a busca da simplicidade e espontaneidade, Caeiro escreveu versos livres (sem métrica regular) e brancos (sem rimas). Alberto Caeiro fez uma poesia da natureza, uma poesia dos sentidos, das sensações puras e simples.
Mestre de Ricardo Reis e Álvaro de Campos, a eles ensinou a filosofia do não filosofar, a aprendizagem do desaprender.
"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem porque ama, nem o que é amar..."
Enquanto tenta provar que não intectualiza nada, é o que mais intelectualiza entre as personagens pessoanas, parece usar o raciocínio sem querer demonstrar isso.
Sendo o mais intelectualizado entre os heterónimos de Fernando Pessoa, Caeiro foi o que menos se preocupou com o trabalho formal do Poema.

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