António José da Costa Neves vence Prémio Literário Cidade de Almada / 2006 e Prémio Revelação Manuel Teixeira Gomes – Novela 2006


António José da Costa Neves nasceu em Grândola a 18 de Abril de 1945, é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e reside em Almada há trinta anos.
Ganhou o Prémio Nacional do Ministério da Educação para o melhor aluno do ano e foi bolseiro da Câmara Municipal de Grândola e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Bancário, formador, gestor e administrador de empresas, em Portugal e no estrangeiro, combateu em África, na Guerra Colonial, tendo vivido em Moçambique os últimos anos da Administração Portuguesa, o período da transição e os primeiros passos da independência. Entre 1998 e 2001, por motivos profissionais, regressou a Moçambique tendo, então, amadurecido o romance “Mataram o Chefe de Posto”. Foi com este romance, escrito no último ano, que António José da Costa Neves, com o pseudónimo literário E. S. Tagino, venceu o Prémio Literário Cidade de Almada / 2006, atribuído pela Câmara Municipal. A esta edição concorreram sessenta e três originais tendo o júri sido constituído por Luís Machado, nomeado pela Associação Portuguesa de Escritores, José do Carmo Francisco, designado pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários e pelo escritor Vergílio Alberto Vieira, em representação da Câmara Municipal de Almada.
Recentemente, António José da Costa Neves venceu, igualmente, o Prémio Revelação Manuel Teixeira Gomes – Novela 2006, atribuído pela Câmara Municipal de Portimão. O júri, constituído por Casimiro de Brito, Dias Marques e José Alberto Quaresma, seleccionou a obra deste autor entre sessenta e cinco originais a concurso.
“Nem por Sonhos”, a obra agora premiada, tem, à partida, edição assegurada pela própria autarquia, através da sua Divisão de Acção Cultural.
Enquanto “Mataram o Chefe de Posto” tinha por pano de fundo a Guerra Colonial, “Nem por Sonhos” passa-se na actualidade, na zona raiana do Alentejo, inspira-se, vagamente, na pintora mexicana Frida Khallo, e conta “a história incrível, picaresca e delirante, de um homem que se deixou enredar na teia dos seus próprios sonhos”.
António José da Costa Neves tem alguma colaboração dispersa, particularmente no campo da poesia, em jornais e revistas, e dois prémios literários nesta área. Tem ainda para publicação, os livros de poesia “Sementeira de esperança” e “Amor, infinito amor”, os romances “Uma morte (des)necessária” e “Arquivo morto” e, em parceria com Bárbara Vale-Frias, o livro “Sublimações”, uma selecção de textos de reflexão sobre a memória e o quotidiano já publicados no blog com o mesmo nome.
“Subversões”, uma colectânea revisionista e iconoclasta sobre dogmas, mitos e textos literários, e “Novelas pouco exemplares” são outras duas obras em preparação, bem como um novo romance ainda sem título.
A publicação do romance “Mataram o Chefe de Posto” será feito pela editora Saída de Emergência, com lançamento nacional previsto para Maio próximo.

A. J. da Costa Neves

Comentários