O tio Elefante conta os postes
Eu sentei-me no comboio com o tio Elefante.
Partilhámos um pacote de amendoins.
Olhámos lá para fora, pela janela.
Viamos o campo a passar.
- Uma, duas, três. Oh, falhei uma - disse o tio Elefante.
- O que estás a contar? - perguntei
- Estou a tentar contar as casas que vão passando - disse ele.
- Um, dois, três, quatro. Falhei um, outra vez - disse tio Elefante.
- O que estás a contar? - perguntei.
- Estou a tentar contar os campos que vão passando - disse ele.
- Um, dois, três, quatro, cinco. Falhei outro - disse o tio Elefante.
- O que estás a contar agora? - perguntei.
- Estou a tentar contar os postes de telefone que vão passando. Mas as coisas estão todas a passar demasiado depressa - disse o tio Elefante.
O tio Elefante tinha razão. Estava tudo a passar mesmo muito depressa.
- Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez! - disse o tio Elefante.
- O que estás a contar desta vez? - perguntei.
- Estou a contar as cascas de amendoim - disse o tio Elefante.
- Sâo mais fáceis de contar.
- Estão todas no mesmo sítio. Estão todas sentadas no teu colo.
O comboio seguia o seu caminho.
Acabámos o pacote de amendoins inteirinho.
Havia mais cascas para o tio Elefante contar.
Arnold Lobel in "O tio Elefante"
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