Biblioteca Municipal de Grândola

Que importa a fúria do mar de Ana Margarida de Carvalho "Numa madrugada de 1934, um maço de cartas é lançado de um comboio em andamento por um homem que deixou uma história de amor interrompida e leva uma estilha cravada no coração. Na carruagem, além de Joaquim, viajam os revoltosos do golpe da Marinha Grande, feitos prisioneiros pela Polícia de Salazar, que cumprem a primeira etapa de uma viagem com destino a Cabo Verde, onde inaugurarão o campo de concentração do Tarrafal. Dessas cartas e da mulher a quem se dirigiam ouvirá falar muitos anos mais tarde Eugénia, a jornalista encarregada de entrevistar um dos últimos sobreviventes desse inferno africano e cuja vida, depois do primeiro encontro com Joaquim, nunca mais será a mesma. Separados pelo tempo, pelo espaço, pelos continentes, pela malária e pelo arame farpado, os destinos de Joaquim e Eugénia tocar-se-ão, apesar de tudo, no pêlo de um gato sem nome que ambos afagam e na estranha cumplicidade com...

   Eram tempos difíceis, até mesmo desesperados. Chas e Jake começaram a planear a forma de evitar cair na boca do lobo, por assim dizer. Mas não era lobos que tinham em mente, mas ursos. Um urso chegava.    - Se pudéssemos matar um urso... - disse Jake.    - E vender-lhe a pele? - adiantou Chas.    - Quer me parecer que poderíamos viver disso até à chegada da Primavera!    - Parece-me bem que sim!    Então lá foram fazer um negócio com o comerciante de peles que lhes deu um adiantamento suficiente para comprarem provisões enquanto iam procurando ursos.    Lá encontraram um.    Era um urso enorme e mau! (Quem não seria, se um par de falhados incompetentes lhe perturbassem o sono de Inverno!)    Jake deu uma vista de olhos e fugiu para a árvore mais próxima. O que era uma coisa bastante estúpida de se fazer, pois um urso consegue trepar a uma árvore mais depressa e bem melhor do que um homem...

SILVA, Isabel Corrêa da Espelho Fraterno: o Brasil e o republicanismo português na transição para o século XX 94(469) SLV MUCHAMORE, Robert A evasão 82 LE-311.3 MCH (Juv) MURALHA, Sidónio Bichos bichinhos e bicharocos 82 LP-1 MRL (Inf)

Retrato de Herberto Helder por Frederico Penteado Bom Fim de Semana

"disseram: mande um poema para a revista onde colaboram todos e eu respondi: mando se não colaborar ninguém, porque nada se reparte: ou se devora tudo ou não se toca em nada, morre-se mil vezes de uma só morte ou uma só vez das mortes todas juntas: só colaboro na minha morte: e eles entenderam tudo, e pensaram: que este não colabore nunca, que o demónio o leve, e foram-se, e eu fiquei contente de nada e de ninguém, e vim logo escrever este, o mais curto possível, e depressa, e vazio poema de sentido e de endereço e de razão deveras, só porque sim, isto é: só porque não agora" Herberto Helder , in "Servidões" (Assírio & Alvim, 2013)

O prazo para as inscrições nas actividades que se realizam durante o mês de agosto termina no próximo dia 2 de agosto: Oficina de Escrita Jornalística 5 a 9 de agosto 10h às 12h30m Durante a realização da oficina, está prevista uma visita à Rádio Clube de Grândola. Oficina de Leitura 5 a 9 de agosto 14h às 15h30m Os participantes terão a oportunidade de criar um áudio livro. Estas actividades destinam-se a crianças e jovens a partir dos 8 anos de idade.

O Pinto Pançudo pelo Grupo SóHistórias  Sábado 27 de Julho às 11H00 Jardim 1º de Maio "É a velha história do pinto que perdeu um baguinho de milho. No caminho para o palácio real, onde vai pedir de volta o seu bago, depara-se com vários obstáculos. Neste espetáculo tentamos criar um ambiente acolhedor, próprio de quem conta histórias. Juntamos música, cenários que saem dum velho cesto e a participação do público não pode faltar. O bago de milho também lá está, mas só para quem tem muita imaginação!"

A vida inútil de José Homem de Marlene Ferraz PRÉMIO LITERÁRIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS 2012 "As idas à grande cidade para se libertar da herança dum pai coronel verticalmente duro e duma mãe extravagante e desligada fazem com que José Homem se sinta no bom caminho para uma morte sem memórias nem saudade. Descrente no governo de deus e, sim, das circunstâncias, é por mão do padre que se vê obrigado a relacionar-se com um dos rapazes estrangeiros recebidos no orfanato, Antonino, mutilado na guerra civil de Angola, o que vem despertar em si um sopro inesperado de amor e vontade."

Acordar na cidade desconhecida, estrangeira provavelmente, não saber onde, com a mulher estrangeira, provavelmente desconhecida, ao lado, sonho que li algures antes de sonhá-lo. Mas não li que ao lado da cama se postaram os filhos meus desconhecidos, sorridentes, de calças curtas sobre pernas queimadas e firmes, e com uma fruta brasileira na mão. Esqueci-me talvez de que tenho filhos. Para os esquecer, preciso de tê-los. Para escrever também preciso de assunto; elimino-o escrevendo. Os filhos abriram então os estores, lavaram-nos os pés, eu lavei-lhes os olhos, e depois devolvemo-los aos anjos. O dia vai começar. Jorge Listopad , in "Primeiro testamento"

AGUALUSA, José Eduardo A vida no céu 82 LPA-3 GLS BROWN, Dan Inferno 82 LE-3 BRW FERREIRA, José Gomes O meu Programa de Governo 338 FRR

Pintura de Monet Bom fim de semana para todos

Heroísmos Eu temo muito o mar, o mar enorme, Solene, enraivecido, turbulento, Erguido em vagalhões, rugindo ao vento; O mar sublime, o mar que nunca dorme. Eu temo o largo mar, rebelde, informe, De vítimas famélico, sedento, E creio ouvir em cada seu lamento Os ruídos dum túmulo disforme. Contudo, num barquinho transparente, No seu dorso feroz vou blasonar, Tufada a vela e n'água quase assente, E ouvindo muito ao perto o seu bramar, Eu rindo, sem cuidados, simplesmente, Escarro, com desdém, no grande mar! Cesário Verde (25/2/1855 - 19/7/1886) , in  "O Livro de Cesário Verde"

Crónicas dos dias dias do lixo: da queda de Sócrates à «refundação do Estado» (2010-2013) de José Pacheco Pereira "Dias em que sabemos o que é preciso fazer, dias em que o que é preciso fazer ganha uma urgência enorme, dias em que todos os que podiam fazer alguma coisa se obstinam em fazer exatamente o contrário do que deviam, perante a indignação, a impotência, o desespero dos cidadãos. Dias em que já nem sequer se pode falar de irresponsabilidade, mas de perversidade. Dias do lixo? Infelizmente, não. Anos do lixo, décadas do lixo, é o que está à nossa frente. Registem o ano inicial, 2010, agora que estamos em 2013. Daqui a uns anos, se o Destino for benévolo e as Parcas estiverem distraídas, continuaremos dentro deste lixo. O tempo para os Portugueses parou."

O Conto das Histórias  pelo Grupo N. Theias - No Mundo da Lua Sábado 20 de Julho às 11H00 Jardim 1º de Maio "Histórias de sempre, abordadas em tom de brincadeira, onde temas e personagens se misturam e reinventam novas histórias. A Carochinha é visitada pelo Lobo Mau e pelo Sapo-Príncipe; fadas e bruxas não sabem o que fazer e, até o Burro tem que dizer..."

Na passada 6ª feira, dia 12 de Julho, realizou-se a inauguração da Exposição de Pintura de Umbelina Ribeiro. Esta exposição irá estar patente ao público até dia 3 de Agosto.

DOCTOROW, E. L. Homer & Langley 82 LE-3 DCT CARDOSO, Miguel Esteves Como é linda a puta da vida 82 LP-3 CRD MIRA, Maria Antonieta Visita à Aldeia da Terra 82 LP-1 MRA (Inf)